Julho já está começando a dar seus últimos suspiros no ano de 2019 e, para os educadores e educadoras isso representa a importância de pensar e planejar as atividades letivas que irão construir conhecimento durante o mês de agosto. Em nossas últimas publicações aqui no portal do Transformando.com.vc trouxemos conteúdos com dicas e informações bacanas a respeito da cultura nacional e como incluir essa temática, por meio de atividades, lúdicas na rotina dos educandos. 

Os textos foram Árvore genealógica para a educação infantil: ensine brincando sobre diversidade e Aprenda a ensinar a diversidade da língua portuguesa em sala de aula. Mas, ainda pensando na valorização das tradições, cultura e beleza da diversidade do Brasil, em sintonia com a ideia de programar conteúdos para agosto, agora vamos falar de um outro tema que também é muito importante – e está fortemente presente – para a vida e identidade dos brasileiros: o folclore! 

Folclore brasileiro

Quando falamos em trazer esse tema para a pauta de agosto é porque no dia 22/08 celebramos no Brasil o Dia do Folclore. E para dar início a essa contextualização, você sabia que a palavra “folclore” tem origem na língua inglesa e significa sabedoria popular? É verdade, quando paramos para analisar a expressão “folklore”, podemos notar que ele é formado pela junção de folk (povo) e lore (sabedoria ou conhecimento). 

E devido a esse conceito e o que ele representa para nossa nação, o folclore brasileiro é considerado um dos mais ricos do mundo, por causa – justamente – de sua diversidade, no que se refere à miscigenação entre etnias e culturas. Por essa razão, é importante que no processo de construção de conhecimento e fortalecimento da identidade nacional a partir das práticas em sala de aula, os educadores saibam trabalhar e guiar conteúdos que valorizem as manifestações folclóricas regionais, a fim de fortalecer no imaginário dos educandos a relevância do contato com a cultura do nosso próprio povo. 

Desde lendas e mitos, até festas populares, danças e cantigas de roda, o folclore permanece presente em nosso dia a dia, inclusive em práticas e situações nas quais nem o percebemos lá. E isso apresenta um desafio para nós, educadores, pois precisamos buscar alternativas eficientes e divertidas para (re)ensinar aos alunos elementos que estão diretamente associados à própria cultura de cada um deles. Por isso, agora vamos dividir com você algumas dicas de brincadeiras e práticas que podem contribuir no momento de planejar suas atividades durante o mês do folclore. Vamos lá?

Atividades para trabalhar o folclore em sala de aula

Comemorar as tradições da cultura popular permite um universo muito rico para a aprendizagem infantil. De geração em geração, os costumes são transmitidos internamente nas famílias e por meio do contato com a sociedade. Não existe uma única região no Brasil que não conte com suas crenças e costumes específicos. Por isso, para estimular essa diversidade e apresentar algumas possibilidades, separamos algumas atividades relacionadas com as lendas e tradições mais comuns do folclore nacional. 

Saiba mais sobre lendas do folclore no artigo Trabalhe o folclore em sala de aula

1. Colorindo o folclore

Considerando a imensa diversidade regional do Brasil, independentemente da região em que você e seus educandos estão inseridos, existem lendas e tradições folclóricas, que contam a história de personagens típicos da cultura brasileira. Por isso, nessa atividade, a ideia é iniciar com uma pesquisa de campo. Peça para que cada aluno converse com sua família a respeito de histórias relacionadas ao folclore e, a partir desse diálogo, definam um personagem para dar sequência na atividade. 

Por exemplo, se o educando optar por trabalhar com a lenda do Curupira, ele deverá pesquisar mais sobre o personagem e preparar uma breve apresentação sobre as principais características dele. Podem ser aspectos físicos ou histórias sobre o protagonista da pesquisa. O importante é que eles conheçam mais a fundo a respeito de seu próprio personagem e possam contribuir com o conhecimento de seus colegas, a partir da apresentação dele, assim como descobrir coisas novas sobre as lendas e personagens trazidos por outros alunos da turma. 

Passado esse momento, a finalização da atividade será desenhar, colorir e construir coletivamente um grande mural com os personagens apresentados pela turma. Os educandos devem se dividir em grupos – cada um responsável por um personagem (aqui cabe ao educador também trazer alguns outros para explicar e compartilhar com a turma). Ao final, coloque o material em exposição, para que os alunos possam contemplar e se sentirem representados pelo trabalho que realizarem. 

2. Teatro de fantoches

Uma boa alternativa para exercitar a criatividade e imaginação das crianças, além de trazer o folclore para a sala de aula de uma forma divertida e diferente, é o teatro de fantoches. Nesse caso, assim como na ideia que sugerimos anteriormente, é importante pedir que os educandos exercitem suas habilidades de pesquisa, buscando histórias, lendas e personagens que farão parte do enredo do teatro. 

Em roda, a ideia é que o educador sente com seus alunos e pergunte para eles o que eles gostariam de ver acontecendo na história que irão apresentar. Anote todas as sugestões e a partir delas vá desenhando com os educandos o desdobramento de situações e incorporando os personagens folclóricos escalados pela turma, para assumirem os papéis da peça. 

Também em grupo e com uso de materiais recicláveis, meias velhas, tinta guache e tesoura sem ponta, construam em conjunto cada um dos personagens que fará parte da trama. Divida seus educandos em equipes de apresentação, de forma que todos eles possam participar representando um dos fantoches da peça, e promova apresentações nas outras turmas do colégio. Dessa forma, você estará permitindo que os alunos da sua turma se divirtam mostrando seu trabalho e, também, colaborando com a aprendizagem dos educandos de outras séries. 

3. Quiz folclórico 

Esta é uma atividade que precisa ser pensada mais a longo prazo. A ideia é que durante o desdobramento do mês, o educador apresente para a turma os personagens mais famosos do folclore brasileiro. Trazendo informações como a origem da lenda, região em que o personagem habita, quais são as histórias mais conhecidas a respeito dele. Uma dica é incluir algumas características físicas também e demonstrá-las por meio de imagens, para que os educandos consigam ilustrar em suas cabeças. 

Durante esse momento, é possível também incluir desdobramentos como solicitar que os alunos pintem os desenhos do personagem apresentado em cada aula, como forma de fixar o conteúdo e exercitar a criatividade. Ah, a sugestão também é trabalhar, ao menos, 5 personagens (conheça alguns aqui).  

Ao finalizar a apresentação de todos, peça para que a turma se prepare pesquisando mais a fundo cada um deles, pois em um próximo encontro vocês vão brincar a partir de um quiz de perguntas e respostas sobre as informações aprendidas. 

Para a realização da atividade, divida a turma em dois grupos e peça que cada um deles eleja um representante para tirar par ou ímpar e decidir qual grupo iniciará respondendo. Cada resposta correta equivale a um ponto e, caso o primeiro grupo não saiba responder, a chance passa para o time adversário. Para avaliar a pesquisa dos alunos, traga algumas questões coringas no decorrer da brincadeira. 

No final das perguntas, explique que independentemente de quem respondeu mais perguntas corretamente, todos estão de parabéns e vão ganhar uma recompensa (que pode ser um doce, ou lembrancinha), pois todo o conhecimento acerca da cultura nacional é importante e precisa ser reconhecido e valorizado. 

Vamos brincar de folclore?

Gostou das nossas dicas? Tem outras sugestões que possam inspirar os educadores que acessam nosso portal? Compartilhe com a gente. Nós queremos você ao nosso lado para que cada vez mais possamos construir uma educação transformadora e inclusiva para todos os educandos do Brasil! 

 

diversidade da língua portuguesa
Previous article Aprenda a ensinar a diversidade da língua portuguesa em sala de aula
Next article E se a escola fosse um festival de rock?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Close