Hoje é o Dia das Bruxas e, por isso, deixamos o medo de lado e buscamos algumas das feiticeiras mais famosas, aterrorizantes e queridas da literatura infantil. A literatura há muito tempo explora o tema que, na verdade,acompanha o desenvolvimento de qualquer criança. Abordar essas histórias em que a fantasia e a realidade andam lado a lado, é uma forma de estimular que os educandos conheçam o misto de alegria e excitação, que envolve o medo provocado pela literatura e encanta as crianças com tramas que exercitam a imaginação e dão asas para a criatividade.

Para celebrar essa data especial, separamos alguns títulos que vão ajudar a transportar suas aulas para o mundo mágico das bruxas. Embarque na sua vassoura e vamos lá!

O Mágico de Oz (Baum L. Frank)

O Mágico de Oz conta a história de Dorothy Gale, uma órfã que vivia com os tios numa fazenda do Kansas, nos Estados Unidos. Um dia, um ciclone arranca do chão a casa onde moravam. Os tios conseguem entrar no porão que usavam como abrigo para tempestades, mas Dorothy e seu cachorro, Totó, se atrasam e ficam na casa, que foi levada durante muito tempo pelos ares até chegar à Terra de Oz.

Lá, Glinda, a Bruxa Boa do Norte, explica a Dorothy que ela havia matado a Bruxa Malvada do Leste, pois a casa aterrissou em cima dela. Dorothy agora é, por direito, dona dos sapatos mágicos prateados da bruxa má. Além disso, Glinda lhe dá um beijo na testa, para ela ficar em segurança durante as aventuras que viveria a caminho da Cidade das Esmeraldas, onde vive o poderoso Mágico de Oz, o único que poderia ajudá-la a voltar para o Kansas.

Para chegar à Cidade das Esmeraldas, Dorothy tem que seguir por uma estrada de tijolos amarelos. Durante a caminhada, ela encontra o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde. Os três se juntam a Dorothy, pois também querem encontrar Oz e pedir algo para ele: o Espantalho quer um cérebro para pensar como os homens; o Homem de Lata, um coração para amar como os homens, e o Leão Covarde quer coragem para ser o Rei dos Animais. A partir daí, os quatro encaram perigos, vivem histórias fantásticas e aprendem a enfrentar os próprios medos. Essa obra é indicada para crianças a partir dos 8 anos de idade.

O mistério de Feiurinha (Pedro Bandeira)

Você se lembra, não é? Quase todas as histórias antigas que você leu terminavam dizendo que a heroína casava-se com o príncipe encantado e pronto. Iam viver felizes para sempre e estava acabado. Mas o que significa “viver feliz para sempre”? Significa casar, ter filhos, engordar e reunir a família no domingo para comer macarronada? Quer dizer que a felicidade é não viver mais nenhuma aventura? Como é que alguém pode viver feliz sem aventuras? Ah, não pode ser! Não é possível que heróis e heroínas tão sensacionais tenham passado o resto da vida assistindo ao tempo passar feito novela de televisão. É preciso saber o que acontece depois do fim.

Pois nesta obra você vai ter essa oportunidade de recordar esses personagens célebres, descobrir o que aconteceu com eles e, de quebra, conhecer uma nova princesa, a Feiurinha. Que cresceu atormentada por bruxas malvadas que tinham um jeito muito peculiar de enxergar a beleza. Essa é uma obra da literatura brasileira que vale muito a pena ser levada para sala de aula.

Você pode trabalhar esse livro com seus educandos a partir dos 5 anos de idade.

O casamento da Bruxa Onilda (R. Capdevila e E. Larreula)

Certa vez, Bruxa Onilda comprou um lindo lenço azul para amarrar em seu chapéu. A partir de então, surgiram muitos pretendentes, que fizeram declarações de amor e propostas de casamento. A bruxa não se interessou por nenhum deles. Quer dizer… até aparecer Pedrusco Pardusco, um feiticeiro muito simpático que ganhou o coração da jovem Onilda. Porém, no dia do casamento aconteceu um imprevisto: o noivo confundiu uma poção mágica com champanhe e desapareceu! Pobre Bruxa Onilda…

Essa é uma obra extremamente divertida e indicada principalmente para crianças entre 5 e 8 anos. Além das aventuras da Bruxa Onilda, várias lições de boas maneiras são transmitidas na história a partir do comportamento das trigêmeas, as companheiras inseparáveis da Bruxa Onilda.

A saga Harry Potter (J.K. Rowling)

Talvez uma das séries que envolve bruxaria mais famosa atualmente, a saga Harry Potter descreve a trajetória de três amigos bruxos que frequentam a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. A trama é sobre um garoto, Harry Potter, que descobre ser bruxo e foi estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Ao longo da história, vemos o protagonista amadurecer e descobrir segredos obscuros sobre o mundo da magia até precisar enfrentar o seu inimigo número um: Voldemort.

Essas histórias são indicadas para educandos a partir dos 8 anos de idade e ensina valores como a amizade, lealdade, coragem e força de vontade para a superação dos obstáculos. A sugestão é trabalhar os livros e então promover uma tarde do cinema, maratonando todos os filmes. Disciplinas como biologia podem ser trabalhadas a partir de conteúdos apresentados nas aulas de herbologia (na história), química tem bastante a ver com poções e até rolaria uma partida de quadribol nas aulas de educação física. Vale a pena usar a imaginação para transportar seus estudantes às aulas de magia e bruxaria, como em Hogwarts.

A bruxinha que era boa (Maria Clara Machado) 

A peça infantil conta a história da Bruxinha Ângela, uma bruxinha diferente das outras que frequentam a Escola de Maldades da Floresta e que estão sendo preparadas para serem as piores-melhores bruxas e assim ganhar a tão sonhada vassoura a jato. Caolha, Fredegunda, juntamente com Ângela serão avaliadas pelo Bruxo Belzebu Terceiro que escolherá a pior bruxinha de todas. Porém nem os conselhos e ensinamentos da Bruxa-Chefe ajudam a Bruxinha Ângela a ser uma excelente aluna e como castigo ela é presa na Torre de Piche. É nessa hora que ela conhece Pedrinho, um jovem lenhador que não se assusta com a aparência da Bruxinha Ângela e a ajuda a fugir do castigo e ganhar a tão sonhada vassoura a jato.

A peça tem como princípio não julgar uma pessoa sem realmente conhecê-la e Pedrinho faz jus ao ditado de não julgar o livro pela capa, pois sem olhar para o exterior da Bruxinha Ângela ele vê o interior e descobre, que essa bruxinha em sua frente, não é ruim, e sim uma bruxinha boa… é quando ele a nomeia de “A Bruxinha que Era Boa”. Esse é um livro indicado para alunos a partir dos 5 anos.

Tenha um Halloween mágico

Gostou das dicas? Agora você já sabe quais obras incluir na sua programação para o halloween em sala de aula. Chame seus educandos para embarcar na vassoura e voem direto para a aprendizagem e diversão. Feliz Dia das Bruxas!

 

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  1. Bem… Achei estranha a forma de tratar uma celebração religiosa como o Halloween. Pelo que entendo Contos Fantásticos são uma expressão da imaginação humana, transcorrendo em versos e prosa as possibilidades que a psiquê nos permite. Não sou muito favorável de, na Escola, elegermos festas religiosas como mola propulsora para um ato pedagógico (a não ser na esfera da pesquisa a partir de centros de interesse dos educandos). Desta forma, sou a favor da Escola Sem Partido de uma maneira ampla.

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