Nos acompanhe nessa expedição investigativa para além dos muros da escola 

 

Embora a sala de aula seja um ambiente projetado e estruturado para o ensino formal, é preciso reconhecer que existem inúmeras oportunidades de aprendizado fora desse espaço. Muitas habilidades e conhecimentos são melhor desenvolvidos por meio da prática e da experiência direta.

Podemos validar essa afirmação a partir das nossas primeiras experiências de aprendizagem, vividas em ambientes diversos, com os mais diferentes atores sociais e uma imensa variedade de estímulos, como o nosso próprio mundo.

Que espaço é esse em que podemos aprender

Podemos dizer que todo espaço pode ser visto como um local de aprendizagem. Qualquer lugar que ofereça oportunidades para adquirir conhecimento, desenvolver habilidades e obter novas experiências pode ser considerado um espaço de ensino.

Por exemplo, um parque pode ser um lugar de aprendizado, onde se pode estudar a flora e a fauna, aprender sobre ecossistemas, ou até mesmo realizar experimentos científicos ao ar livre. Um museu pode proporcionar aprendizado por meio de exposições interativas, permitindo que os visitantes explorem temas, como história, arte e ciência. Um local de trabalho também pode ser um espaço de aprendizagem, onde é possível adquirir conhecimentos com especialistas de áreas distintas e desenvolver habilidades práticas.

Além disso, as interações sociais em diversos ambientes, como em casa, na comunidade local, em viagens ou durante atividades recreativas, oferecem oportunidades valiosas de aprendizado. As conversas informais, a troca de experiências e as observações do mundo ao nosso redor podem ser fontes de conhecimento e compreensão.

Portanto, ao adotar uma mentalidade aberta e curiosa, pode-se transformar qualquer espaço em um território de aprendizagem.

Por onde começar

Para aproveitar todas as possibilidades de aprendizado, é importante seguir alguns cuidados:

1 – Antes de uma expedição investigativa, aula de campo ou viagem de pesquisa, estabeleça uma pergunta que norteará o início dessa viagem em busca do saber. Na metodologia do Programa A União Faz a Vida, a chamamos de pergunta exploratória, afinal, gente que pergunta, cresce.

2- Identifique os objetivos específicos para a expedição, definindo o que você espera que as crianças percebam e quais habilidades deseja desenvolver.

3 – Durante a expedição, é importante que todos estejam atentos ao ambiente, observando-o cuidadosamente. Registrar em anotações tudo o que vê, ouve e experimenta é essencial. Tirar fotos, fazer esboços ou outra forma qualquer de documentar as observações é válido.

4 – Estimule a participação em discussões e o compartilhamento de ideias e experiências, pois o envolvimento dos participantes enriquece a experiência como um todo.

5 – Aproveite a oportunidade para interagir e colaborar com outras pessoas ao longo da expedição investigativa. Discutir o que foi compartilhado, as novas descobertas e insights pode enriquecer a experiência de aprendizagem de todos.

6 – Após essa experiência, é fundamental refletir, revisar anotações, imagens e pensar sobre o que foi visto e aprendido. Isso ajuda a identificar novas perguntas ou áreas de interesse, estimulando ainda mais a construção do conhecimento.

7 – A expedição investigativa é apenas o ponto de partida para aprofundar o aprendizado. Continuar pesquisando, explorando recursos adicionais e buscando outras experiências pode inspirar novas áreas de interesse e motivação para continuar aprendendo além da atividade em si.

Lembre-se de que aprender fora da sala de aula, além dos muros da escola, é uma oportunidade única de aprender com experiências diretas e práticas.

Antes de tudo, confira o passo-a-passo da metodologia do Programa A União Faz a Vida!

E no mês em que o meio ambiente é foco de muitas discussões, o que podemos fazer? 

Neste mês em especial, em que discutimos ainda mais questões relacionadas ao meio ambiente, as expedições investigativas se apresentam como uma ótima maneira de explorar e compreender de forma mais profunda os conceitos relacionados à natureza e à sustentabilidade. Por isso, apresentamos a seguir alguns meios de fazer essa conexão:

  • Antes de escolher um território para explorar, identifique os principais temas ambientais que você deseja abordar, como biodiversidade, conservação de ecossistemas, impactos humanos no meio ambiente, mudanças climáticas, poluição, entre outros. Isso ajudará a direcionar sua atenção e tornar a experiência mais focada.
  • Saiba mais sobre o local de estudo, busque conhecimento básico preliminar para garantir que o espaço possibilite a aprendizagem necessária. Pesquise sobre sua história, ecossistemas presentes, espécies de animais e plantas encontradas lá, bem como possíveis desafios ambientais enfrentados. Quanto mais conhecimento o professor tiver antecipadamente e estabelecer sua intencionalidade, mais significativa será a experiência.
  • Incentive a observação e a documentação, fazendo com que as crianças estejam atentas às diferentes possibilidades do território escolhido. Pessoas da comunidade local podem auxiliar na identificação das informações principais.
  • Durante a observação, proponha reflexões ou instigue a percepção sobre os impactos humanos no meio ambiente. Peça que observem evidências de ações como desmatamento, poluição, urbanização ou mudanças climáticas. 
  • Proponha a análise de como esses impactos afetam os ecossistemas locais, a biodiversidade e a qualidade de vida das comunidades que dependem do ambiente.
  • Integre atividades práticas durante a expedição investigativa para explorar conceitos ambientais. Isso pode incluir a coleta de amostras de solo ou água para análise, medição de parâmetros ambientais como temperatura e umidade, realização de observações comportamentais de espécies, ou até mesmo participação em projetos de restauração ou conservação ambiental.
  • Após a aula de campo, que aqui chamamos de expedição investigativa, estabeleça conexões entre o que foi aprendido no campo e o currículo escolar. Discuta como os conceitos ecológicos e ambientais se relacionam com os tópicos abordados em sala de aula. Isso pode ser feito por meio de discussões, apresentações, projetos ou redações.

Lembre-se de que cada oportunidade de aprendizagem será única e dependerá do local e dos objetivos específicos.

O mais importante é aproveitar as oportunidades de aprendizado em diferentes espaços, pois isso permite vivenciar os conceitos de forma real e tangível. Essa abordagem ajuda a fortalecer o entendimento e a aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Ao aprender em espaços diferenciados, os alunos têm a oportunidade de interagir com pessoas de origens, culturas e perspectivas diversas. Isso amplia a compreensão do mundo, promove a empatia e a valorização da diversidade. Eles aprendem a respeitar e apreciar diferentes pontos de vista, o que é fundamental para se tornarem cidadãos globais conscientes.

Utilizar espaços de aprendizado que fogem dos tradicionais também estimula a autonomia e a responsabilidade dos alunos em relação ao seu próprio aprendizado. Eles são incentivados a tomar a iniciativa, buscar conhecimento de forma independente, definir metas de aprendizado e assumir responsabilidade pelo seu progresso educacional.

Em resumo, aprender em diferentes espaços proporciona uma educação mais completa, envolvente e significativa. Isso estimula o interesse pelo aprendizado, promove o desenvolvimento de habilidades essenciais e prepara os alunos para enfrentar os desafios do mundo real.

Vamos juntos nessa missão!

 

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