Confira 4 formas de avaliação que são mais criativas e colocam o aprendizado do aluno como o centro do processo. Acompanhe!
No dia a dia na sala de aula, é preciso avaliar o aprendizado e o desenvolvimento dos alunos. As provas e os trabalhos são as principais formas de avaliação usadas pela maior parte dos professores. No entanto, essas não são as únicas maneiras de verificar o grau de entendimento dos alunos em relação aos conteúdos trabalhados.
Para analisar e acompanhar o desenvolvimento dos alunos, separamos 4 formas de avaliação. Acompanhe!
Formas de avaliação na educação
Muitas vezes, a avaliação é vista como um processo da aprendizagem, que visa atribuir um valor ao resultado alcançado por cada aluno. As notas, que também podem ser alfanuméricas, são usadas para avaliar o nível de entendimento do aluno em relação às disciplinas. Por isso, a avaliação é percebida pela maioria dos alunos como uma vivência estressante.
Entretanto, a avaliação deve fazer parte de todo o percurso do aluno, para que ele seja capaz de perceber habilidades já desenvolvidas, e em quais precisa se aprofundar ou continuar a praticar para melhorar.
Por isso, aqui não falaremos sobre provas e trabalhos que já são amplamente conhecidos e usados, mas sim, de como conceber outros caminhos de aprendizagem , visando à promoção de competências disciplinares. Veja as principais formas de avaliação que fogem do tradicional.
1. Avaliação formativa
A avaliação formativa não se dá por meio de pontos ou classificações. Sua função é promover a progressão da aprendizagem e fornecer informações sobre o desempenho dos alunos.
Ela visa à aprendizagem específica e envolve uma ou mais intervenções pedagógicas. Além disso, é realizada durante a atividade e promove a compreensão dos erros cometidos. Alguns exemplos de atividades de avaliação formativa são:
- Um resumo dos elementos essenciais aprendidos ao final de cada aula, quem sabe um mapa conceitual pode ser uma ferramenta, e isso vale dos pequenos aos maiores, o que pode mudar é o grau de aprofundamento e dificuldade.
- A abordagem dialógica permite identificar necessidades ao mesmo tempo em que pode esclarecer dúvidas, em grupos, cada um deve explicar para os colegas o que eles entenderam do conteúdo apresentado.
- Registros conclusivos ao longo das aulas, como em um diário de aprendizagens, para que o professor tenha um feedback qualitativo sobre o que foi realizado.
2. Observação
Outra forma de avaliação é a observação ao longo das aulas. Aliás, essa é uma excelente opção quando se usa metodologias ativas, como é o caso da sala de aula invertida.
Nesse método, o aluno estuda os conceitos previamente e usa as aulas para tirar dúvidas sobre o que foi aprendido e se aprofundar nos conceitos. Então, o professor pode observar e entender o processo de aprendizagem de cada aluno, como são seus estudos e participação em sala de aula.
Para que esse tipo de avaliação cumpra sua função, é preciso que o professor tenha um relacionamento próximo aos alunos para entender, até mesmo, o perfil e as características de cada um. Por exemplo, um aluno mais tímido, porém estudioso, pode não participar tanto das aulas, mas está aprendendo bem. Nesses casos, o professor deve fazer uma observação ainda mais minuciosa.
Dessa maneira, é possível observar os alunos, dar feedbacks constantes e, a partir dessa análise, construir a avaliação final. Assim, os alunos não são avaliados em uma única prova, mas sim todos os dias.
3. Autoavaliação e co-avaliação
A autoavaliação é outra forma de analisar o desempenho dos alunos, especialmente ao usar metodologias ativas. Isso porque, o aluno é o responsável e protagonista de seu próprio aprendizado. Então, ele também deve ter a oportunidade de refletir sobre seu desempenho e considerar conquistas e dificuldades.
Essa é uma maneira do próprio aluno perceber em quais pontos precisa ter mais atenção, como pode melhorar seu planejamento de estudo e cumprir as propostas feitas. Por exemplo, na metodologia de aprendizado baseado em projetos, a avaliação não é apenas positiva se o projeto deu certo no final. Ao contrário, o aluno deve observar que foi aprendido inclusive com os erros.
Mas vale lembrar que a autoavaliação, na verdade, deve ser uma co-avaliação. Isso porque, apesar de o aluno poder ter autonomia de entender o seu próprio aprendizado, esse deve ser um processo feito em conjunto com o professor, que deve analisar se a avaliação feita pelo aluno faz ou não sentido.
4. Avaliação entre pares
Mais uma opção interessante é a avaliação entre pares, isto é, os alunos têm que fazer o diagnóstico um dos outros. Em vez de apenas o professor avaliar o desempenho dos alunos, cada um pode analisar o desenvolvimento do colega, com base no que foi disponibilizado sobre o assunto.
Além disso, as notas consideradas também devem passar pelo crivo do professor. Essa metodologia aumenta a capacidade de análise crítica dos alunos e os leva a um maior engajamento no aprendizado.
Para entender como funcionam na prática, conheça a Escola dos Sonhos, na Paraíba, e a Escola da Ponte, em Portugal, que não usam os sistemas de avaliações tradicionais. Confira!