A formação continuada há muito tempo é tema de discussão no âmbito escolar. Mas afinal, por que é preciso continuar aprendendo? Por que professores, os mediadores do saber, precisam estar atentos às diferentes percepções do conhecimento e de como compartilhá-lo?

Cadê o conhecimento que deveria estar aqui?

Esse é um questionamento que fazemos continuamente, de modo consciente ou não. A verdade é que o conhecimento a que nos referimos diariamente representa a possibilidade de tomada de decisões que podem determinar questões individuais ou mesmo resultar em consequências para toda a humanidade, por isso, o fazer pedagógico na construção do saber é de extrema importância.

A escola, enquanto espaço de construção do indivíduo, tem o desafio de inseri-lo, desde a infância, no mundo do saber. E, diferentemente do que o senso comum pressupõe, as ciências, o conhecimento em si está intimamente relacionado às questões do cotidiano de todos, sendo essencial o desenvolvimento de mecanismos, que, baseados na investigação, propiciem conhecer e transformar o mundo.

É por isso que estamos aqui, para que juntos possamos determinar objetivos e principalmente práticas que levarão ao êxito, que, nesse caso, é transformar a sociedade por meio de seus cidadãos. Para isso, é evidente a necessidade de conexão entre conhecimento e vida prática, particularmente no que se refere a uma formação democrática e ao exercício da cidadania, se estabelecendo como ferramenta de poder e transformação.

Sendo assim, é imprescindível que a escola, enquanto formadora de cidadãos, viabilize reflexões e ações nesse sentido. Para tanto, a formação continuada de professores se constitui como instrumento para a concretização dessa premissa, pois é a partir da mediação do professor no processo de ensino-aprendizagem que o conhecimento é construído no espaço escolar. 

Quando pensamos em escola, normalmente nossa mente foca no aprendizado dos alunos, mas quem forma o professor?

É papel da escola e também do professor, ressignificar o conhecimento; ao aluno, cabe o envolvimento com o saber, a investigação e a busca por respostas que possam ser alcançadas pela investigação. 

Enquanto ferramenta de cidadania e, portanto, simultaneamente da construção do saber, a formação continuada dos professores se constitui como fator essencial à projeção de seus educandos, na busca de uma sociedade justa e igualitária, uma sociedade como tanto falamos, melhor. 

É, portanto, função da escola, por meio da gestão de seu espaço, estimular e assegurar a formação continuada de seus professores e, por conseguinte, que estes, dotados de saberes e práticas possam, em sala de aula, constituir o saber significativo, fazendo dos indivíduos por ele orientados detentores da criticidade necessária à tomada de decisões na sociedade em que vivemos.

Envolver para aprender é o caminho a ser trilhado pelos professores e, para tanto, é essencial o papel do educador, da gestão democrática da sala de aula, da escola e de toda uma sociedade. Promover novas práticas educativas visando à contextualização e significância do saber, deve ser a meta, formando assim, cidadãos críticos e reflexivos, autônomos em suas ideias e atos. Reafirma-se neste sentido o compromisso da escola e do professor com a formação continuada que propicia um constante repensar das práticas educacionais e dos indivíduos dela oriundos. 

Propõe-se que na escola ocorra a prática educativa como um trabalho global, com ousadia, materiais diversificados, espaços para socialização e respeito mútuo de opiniões. Enfim, novas atitudes e propostas para um trabalho pedagógico significativo, construído a partir da formação contínua dos professores, com leituras e críticas variadas, estendendo essa prática para além dos muros da escola, onde este indivíduo seja agente transformador.

No que diz respeito ao comprometimento dos professores em relação à formação continuada, para que haja interação entre o saber e o indivíduo e que este conquiste espaço significativo na tomada de decisões, é necessário que o professor desenvolva o pensamento reflexivo e crítico como subsídio de suas práticas em sala de aula. A formação continuada deve objetivar não apenas a aquisição de conceitos desconectados da realidade e sim propiciar vivências investigativas de relevância para os alunos. 

Mas compete também ao professor resgatar qualquer deficiência em sua formação, buscando continuamente, em parceria com a escola, a melhoria de seu fazer pedagógico e isto inclui, sem dúvida, sua formação continuada. A formação continuada se constitui na escola como um espaço de diálogo, reflexão e movimento, e é neste espaço que o cidadão também se constrói, compreende, identifica e age. 

Você já se perguntou quais são as competências necessárias para os professores do século XXI?

Ao professor é essencial a consciência de que a formação é contínua, permanente e que quanto mais ampla e diversificada ela for, mais possibilidades de compreensão e atuação no mundo o professor poderá desencadear a partir da escola e do saber nela constituído. 

Assim, o trabalho do professor se faz de contínuo aprimoramento, com intuito de implementar práticas que colaborem para a formação integral do indivíduo, do cidadão, na tomada de decisões e na compreensão diferenciada da sociedade em que vive.

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