A ideia de trabalhar em equipe, muitas vezes, é assustadora entre os estudantes. Nem todos estão preparados ou dispostos a dependerem de seus colegas para a construção de um bom projeto em grupo, no entanto, esse tipo de prática em sala de aula tem muito mais a acrescentar para a formação dos alunos do que aparenta.
Para estimular a normalidade desse tipo de situação entre os seus educandos, o primeiro passo é demonstrar que eles não precisam se estressar durante a realização de um trabalho coletivo, pois isso atrapalhará seu desempenho, assim como o de todo o grupo. Depois disso, é importante provocar neles a busca e reconhecimento pelos papéis de liderança, afinal isso irá contribuir com as relações deles em outros momentos de suas vidas.
A fim de ajudar você a tornar o trabalho em grupo uma situação normal, prazerosa e enriquecedora, separamos algumas dicas que certamente contribuirão para melhorar a comunicação entre seus educandos e proporcionar bons resultados.
1. Bons amigos nem sempre são bons parceiros
O que geralmente acontece quando somos desafiados a realizar um trabalho em grupo, é que busquemos nos aliar às nossas amizades mais próximas. Mas, nem sempre as relações afetivas do dia a dia têm o mesmo ritmo e compatibilidade para trabalhar junto com a gente. Escolher os parceiros de time de uma forma sábia e estratégica, conforme suas dinâmicas e convergências de comportamento com outras pessoas, é uma forma de garantir resultados mais próximos dos que você espera.
Outro aspecto a ser considerado, é motivar seus educandos a buscarem trabalhar com pessoas comprometidas com os prazos, para que ninguém interfira negativamente na nota do outro. Explique para eles que deixar de trabalhar com algum amigo folgado pode ser, em um primeiro momento, um pouco inconveniente, mas essa também é uma forma de estimular os colegas a se esforçarem mais por suas notas.
Deixe claro que quando se trata de um trabalho em grupo, é interessante contar com pessoas esforçadas, dedicadas e com habilidades variadas para que cada um possa contribuir de um jeito diferente, garantindo bons resultados.
2. Ouvir para ser ouvido
É importante e aconselhável que os estudantes saibam expor e defender suas ideias e pontos de vista, no entanto, ao considerar um trabalho em grupo, em que várias pessoas terão voz para influenciar o processo, torna-se essencial saber ouvir o que os colegas têm para falar, para que eles também prestem mais atenção nas suas ideias.
Como educador, você deve lembrar aos alunos que a ideia deles pode ser realmente ótima, mas ouvir as sugestões dos companheiros de equipe e aprimorar as conclusões a fim de um resultado ainda melhor, faz com que todos saiam ganhando. Além de que quando um aluno sabe ouvir e a falar para ser ouvido, ele está desenvolvendo seu senso crítico e de coletividade, trabalhando habilidades essenciais para os relacionamentos em sua vida profissional, no futuro.
3. Os prazos são importantes para o processo
A organização e estabilidade durante os processos de produção do trabalho depende, em grande parte, do respeito aos prazos pré-determinados. Deixar para a última hora faz com que os resultados alcançados sejam inferiores aos possíveis, caso a equipe tivesse se planejado e executado o passo a passo com calma e foco necessários para o sucesso.
Sugira que seus alunos criem um cronograma, no qual incluam tópicos que vão desde a discussão de ideias até o desenvolvimento das pautas, contemplando as obrigações e compromissos de cada um para o resultado final. Dessa forma, torna-se mais fácil verificar, ao fim do projeto, o que foi e o que não foi possível ser executado dentro dos prazos esperados.
4. Todos devem colaborar
O maior fator que determina as desavenças durante os processos dos trabalhos em equipe é a divisão de tarefas de forma desigual. É crucial explicar para os alunos que mesmo o trabalho sendo em equipe, o resultado final é o mesmo para todo mundo. Ou seja, dividir funções pode ser um facilitador na hora de construir o trabalho, mas se a divisão não for bem planejada e os métodos bem executados, no final o resultado será um “Frankenstein”, em que várias partes desconexas serão juntadas em uma só.
É importante que a divisão das tarefas seja feita de forma justa e de modo que cada um tenha o mesmo nível de contribuição e comprometimento, mas também é essencial que haja o cuidado de compreender e colaborar com o trabalho dos colegas, para que haja uma unanimidade nos resultados.
5. Exercitar a paciência e empatia
As pessoas têm habilidades e afinidades diferentes em relação às suas posturas e atuações profissionais. Em um trabalho em equipe, os educandos precisam compreender que as facilidades deles nem sempre serão compatíveis com as facilidades dos colegas e que, para que haja um bom funcionamento da rotina de produção, todos devem estar dispostos a se colocarem no lugar do próximo e terem paciência quando necessário.
Um companheiro de grupo com dificuldade para realizar uma função não é um companheiro de grupo que está alheio ao processo, por isso é importante oferecer ajuda e trabalhar com ele, de modo a destravá-lo de suas inseguranças e permitir que ele dê o melhor de si em prol do resultado.
6. Aproveitar o lado positivo
Como educador, ao passar um trabalho em grupo para ser realizado pelos estudantes, é importante ressaltar a eles que o objetivo não diz respeito apenas ao resultado final. A troca de experiências com outras pessoas e a construção de conhecimento, além do exercício de aprender a falar e ouvir, são outros grandes ganhos que os trabalhos em equipe oferecem.
Saber trabalhar harmonicamente em grupo é essencial para desenvolver com sucesso diversas atividades do dia a dia, desde o campo pessoal ao profissional. Introduzir e motivar esse tipo de exercício na rotina letiva é uma forma de preparar os educandos para a vida.
Você costuma realizar trabalhos em grupo durante sua atuação em sala de aula? Conta suas experiências para a gente e vamos transformar a educação juntos!