A educação financeira é um dos pilares do futuro dos alunos. Entenda sua importância e veja dicas para levar o assunto para a sala de aula.
Uma pesquisa feita pela fintech Onze, em 2022, aponta que apenas 17,8% dos brasileiros conseguem pagar suas contas e ainda poupar algum dinheiro no fim do mês. Esses dados mostram a importância de as crianças aprenderem sobre educação financeira ainda na escola desde os primeiros anos. Só assim, quando adultos, terão melhor controle do seu dinheiro.
Por isso, entenda no artigo abaixo o que é educação financeira, sua importância na sala de aula e veja dicas para ensinar alunos de diferentes idades.
O que é educação financeira
A educação financeira é o processo de aprendizagem que tem o objetivo de desenvolver habilidades e conhecimentos para gerir de forma eficiente nosso dinheiro e outros recursos financeiros. De forma simples, ela envolve o ensino de conceitos básicos como orçamento, poupança, investimentos, dívidas e crédito, além de estratégias para alcançar objetivos financeiros a curto e longo prazo.
Também é preciso mencionar que a educação financeira é essencial não só para o bem-estar financeiro individual, porque ajuda as pessoas a tomarem decisões de consumo conscientes, construindo um futuro financeiro mais seguro e estável.
Além disso, a educação financeira contribui para o desenvolvimento econômico do país, pois permite que as pessoas sejam mais produtivas e contribuam para o crescimento da economia.
Importância da educação financeira na escola
A educação financeira na escola é fundamental para ensinar as crianças a lidar com o dinheiro e a tomar decisões financeiras mais conscientes. Os benefícios da educação financeira para os pequenos são muitos, incluindo:
- Desenvolvimento de hábitos financeiros saudáveis: quando as crianças aprendem a importância de poupar e investir dinheiro desde cedo, elas tendem a ter uma relação mais saudável com o dinheiro no futuro.
- Prevenção de dívidas desnecessárias: a educação financeira ajuda as crianças a entenderem a importância de evitar dívidas desnecessárias, o que pode ajudá-las a se tornarem adultos financeiramente responsáveis.
- Compreensão do valor do dinheiro: ao aprender a administrar os seus gastos, as crianças começam a entender o valor do dinheiro e como trabalhar para ganhá-lo.
- Desenvolvimento de habilidades matemáticas: a educação financeira pode ajudar as crianças a desenvolverem habilidades matemáticas importantes, como orçamento, cálculo de juros e porcentagens.
- Contribuição para a economia: quando as crianças aprendem a gerir suas finanças pessoais de forma responsável, elas têm mais chances de se tornarem adultos financeiramente saudáveis e contribuir positivamente para a economia.
Em suma, a educação financeira na escola é uma ferramenta valiosa para ajudar as crianças a construírem uma base sólida para o futuro.
Aliás, o assunto faz parte dos Temas Transversais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e, portanto, devem estar presentes no dia a dia na escola.
Como trabalhar a educação financeira na escola?
Para começar a trabalhar a educação financeira com seus alunos em sala de aula, é importante seguir alguns passos simples. Primeiramente, é necessário identificar os objetivos que você deseja alcançar: ensinar a fazer um orçamento ou conhecer os diferentes tipos de investimento. Em seguida, é preciso adaptar o conteúdo ao nível de conhecimento dos alunos, usando uma linguagem simples e exemplos práticos.
Outro passo importante é envolver os alunos no processo de aprendizagem por meio de atividades interativas e práticas que possam ajudá-los a entender conceitos financeiros de forma mais clara e objetiva. Também é fundamental incentivar o diálogo e a troca de ideias sobre o tema, assim, os alunos podem compartilhar suas dúvidas e experiências.
Atividades para fazer em sala de aula
Aqui estão algumas atividades que os professores podem fazer em sala de aula para ensinar sobre educação financeira:
- Crie um orçamento: ajude os alunos a entenderem como criar um orçamento pessoal, incluindo renda, despesas e poupança.
- Jogos: use os jogos Monopoly e Banco imobiliário para ensinar sobre como lidar com dinheiro, propriedade e investimentos.
- Compra de bens de consumo em um supermercado: ensine os alunos a comprar bens de consumo com sabedoria, pesquisando preços e comparando ofertas. Você pode ir ao mercado do bairro, por exemplo.
- Visitas a bancos: leve os alunos até uma instituição financeira, como um banco, para ensinar-lhes sobre serviços bancários.
- Poupança para o futuro: explique como poupar dinheiro para objetivos de longo prazo, como aposentadoria ou educação universitária.
Para crianças mais novas, também é possível criar as seguintes brincadeiras:
- Jogo de lojinha: crie uma lojinha com brinquedos, alimentos e outros itens. As crianças podem fazer compras com dinheiro fictício, aprendendo sobre orçamento, preços e troco.
- Jogo da memória financeira: faça um jogo da memória com imagens relacionadas a finanças, como uma carteira, moedas, notas de dinheiro e um cofrinho.
- Caixa registradora: utilize uma caixa registradora de brinquedo para ensinar sobre dinheiro, operações matemáticas e troco.
- Cofrinho personalizado: ajude as crianças a fazerem seus próprios cofrinhos, incentivando-as a poupar dinheiro para uma meta ou objetivo específico.
- Jogo da mesada: ensine sobre mesada e a planejar os gastos e economizar esse dinheiro.
- Contagem de dinheiro: utilize moedas e notas de dinheiro reais para ensinar sobre valores e contagem de dinheiro.
- Jogo de dados financeiros: crie um jogo de dados em que cada número representa uma ação financeira, como poupar dinheiro, comprar uma casa, fazer um investimento, entre outras. As crianças devem discutir as escolhas financeiras que fizeram.
Lembre-se de que a educação financeira pode fazer uma grande diferença na vida dos alunos. As atividades acima podem ajudar a promover um entendimento mais profundo de finanças pessoais e prepará-los para um futuro financeiramente responsável.
A educação financeira é uma habilidade do mundo real que pode ser ensinada na escola para estimular o desenvolvimento do futuro dos alunos.