Países associados à Unesco têm, ao menos, 264 milhões de crianças e jovens que não frequentam a escola. Os dados são da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que apresentou o “Relatório de Monitoramento Global da Educação 2017/8”. O tema da pesquisa é “Responsabilização na educação: cumprir nossos compromissos”.

Os resultados avaliam como os países conseguem ou não cumprir o “Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4 da ONU: assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”.

O relatório alerta que a culpa desproporcional sobre qualquer ator para problemas educacionais sistêmicos pode ter sérios efeitos colaterais negativos, além de ampliar a iniquidade e prejudicar a aprendizagem.

Destaques pelo mundo

  • Atualmente, 82% das constituições nacionais têm previsão legal sobre o direito à educação. Mas em pouco mais da metade as leis não responsabilizam os governos, ou seja, os cidadãos não podem processar o governo por violações a esse direito.
  • Em 42 dos 86 países que enviaram dados à Unesco, suas constituições, leis ou políticas se referem explicitamente à educação inclusiva, sugerindo uma tendência contra escolas especiais e a favor de programas inclusivos em escolas regulares.
  • Em alguns países, professores e escolas estão sendo penalizados devido a resultados fracos em avaliações
  • De 70 sindicatos de professores em mais de 50 países, mais de 60% nunca ou raramente foram consultados sobre materiais didáticos.
  • Dos relatórios nacionais de monitoramento da educação, apenas um terço engloba a educação de adultos.
  • Apenas 14 de 34 países de renda baixa e média estabeleceram padrões para a educação infantil e sistemas de monitoramento de seu cumprimento
  • Apoio com bolsas de estudo caiu 4% no mundo entre 2010 e 2015, sendo o gasto subestimado em países como Brasil, China e Índia.

Responsabilização das escolas

O relatório da Unesco aponta que muitos países delegam a tomada de decisões a autoridades escolares regionais e locais. Quase todos os 71 sistemas analisados para o relatório têm regulamentação para a formação de professores, mas só 40% tinham uma taxa máxima de estudantes por professor.

Saúde e segurança

  • Água potável – 67,6%
  • Banheiros separados para meninos e meninas – 60,6%
  • Instalações médicas e de primeiros socorros – 52,1%
  • Banheiros e pias para estudantes com deficiências – 47,9%

Instalações e infraestrutura

  • Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) – 40,8%
  • Eletricidade – 31%
  • Parquinhos –  69%
  • Acomodações para estudantes com deficiências – 67,6%

“A educação é uma responsabilidade compartilhada entre todos nós – governos, escolas, professores, pais e atores privados”, disse a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova.

Texto retirado do G1.

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