Entenda o que é educação não violenta e veja dicas para aplicar a abordagem em sala de aula. Acompanhe!

Acolhimento, empatia, presença consciente, respeito e responsabilidade são ferramentas educacionais importantes da Educação Não Violenta (ENV). Entenda a importância de levar esse conceito para a escola na forma de lidar com os alunos na sala de aula. 

O que é educação não violenta?

Como o próprio nome sugere, a educação não violenta visa educar sem violência, e sim por meio de diálogo e compreensão dos sentimentos. Ela elimina totalmente os castigos físicos e foca em compreender a criança e o adolescente. 

Princípios da educação não violenta

A educação não violenta é baseada no conceito de Comunicação Não Violenta (CNV), zen budismo, a atenção plena (mindfulness) e a inteligência emocional. Para ajudar, entenda cada um deles. 

Comunicação Não Violenta (CNV)

A Comunicação Não Violenta (CNV), de Marshall Rosenberg, é um processo que integra pensamento, linguagem e comunicação. A técnica visa aproximar as pessoas de sua natureza humana e a se conectarem umas com as outras.

Dessa forma, as torna mais receptivas com relação a quem está à sua volta e as faz prestarem atenção ao momento presente da conversa. Também leva cada um a entender as necessidades do outro sem crítica, julgamento ou ataque.

Atenção plena (mindfulness)

Mindfulness ou atenção plena é a prática de se concentrar plenamente no presente da maneira mais consciente possível. Ou seja, voltar toda a atenção para a tarefa que está fazendo, por mais simples que ela seja. 

Por exemplo, ao ensinar uma atividade para um aluno, ter atenção total nesta tarefa sem se deixar levar por outras distrações. 

Disciplina Positiva

A disciplina positiva é uma abordagem desenvolvida pela psicóloga Jane Nelsen, visando educar de maneira firme, mas gentil, com responsabilidade, empatia e respeito. Além disso, a disciplina positiva abre mão de punições, gritos ou castigos. 

Inteligência emocional

Outro elemento que compõe a educação não violenta é a inteligência emocional, ou seja, a maneira como lidamos com nossos sentimentos. A inteligência emocional é definida como a capacidade de um indivíduo reconhecer, distinguir, rotular e gerenciar suas próprias emoções e as dos outros. 

Dessa forma, é possível se comunicar melhor com os alunos, reconhecendo suas limitações com colaboração e empatia. 

Qual a importância da educação não violenta?

A educação não violenta tem extrema importância no desenvolvimento de  crianças e adolescentes. Essa abordagem os ensina a lidar com as situações por meio do diálogo, respeito e comunicação acolhedora.

O objetivo da educação não violenta é garantir que crianças e adolescentes sejam capazes de:

  • Reagir com confiança e criatividade aos desafios da vida. 
  • Aprender a conhecer-se intimamente e a questionar-se. 
  • Sentir e expressar emoções tanto em relação a si mesmo quanto aos outros.
  • Desenvolver os conhecimentos aprendidos para se encaixar nas várias culturas com espírito de cooperação.
  • Adquirir um olhar crítico.
  • Assumir responsabilidades. 

Como praticar a educação não violenta na sala de aula

É possível aplicar a educação não violenta com diálogo e empatia. Veja algumas dicas!

Conheça o livro Educação Não Violenta

Uma dica interessante é conhecer o livro “Educação Não Violenta”, da psicanalista e escritora Elisama Santos. Ela explica como educar as crianças sem agressividade, conforme a idade de cada uma.

Abra o diálogo com seus alunos

O diálogo, sem julgamentos e agressividade, é um dos principais pilares da educação não violenta. Nessa abordagem, os castigos não são opções. Sendo assim, quando um aluno cometer algum erro, é preciso conversar, explicar em que ele errou e por que é errado o que fez. 

É importante ter em mente que apenas uma conversa pode não solucionar a situação. É preciso ter paciência para praticar o diálogo frequentemente. A criança tem de entender que ela não deve se comportar da maneira errada para evitar um castigo, mas sim, porque aquela atitude não é certa.

Não levante a voz na sala de aula

Muitas vezes, em uma sala agitada e com os alunos falando alto e ao mesmo tempo, nosso instinto também é levantar a voz. No entanto, essa atitude faz com que crianças e adolescentes entendam que devem gritar para conseguirem o que querem. 

Por isso, o professor deve manter a calma, falar com tranquilidade até que a sala esteja mais calma. Mais uma vez, esse é um processo que leva tempo e deve ser feito várias vezes. 

Fale com clareza e determinação

Um erro comum é acreditar que a educação não violenta dá a criança e adolescente liberdade de fazer o que quiserem, sem consequências. Se o aluno está fazendo birra, por exemplo, o indicado é falar com clareza e determinação, evitando o debate e confronto. Nesse caso, espere a birra passar e fale com clareza o que a criança fez de errado. 

A educação não violenta também é uma excelente ferramenta para diminuir a violência entre os alunos na sala de aula

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