Não tem como escapar: a tecnologia está presente no cotidiano da grande maioria das crianças e adolescentes de todas as partes do mundo. Cada vez mais cedo eles começam a usar celulares, computadores e tablets para jogar, assistir a vídeos e conversar com os amigos. Então, por que não aproveitar essa afinidade com a tecnologia em sala de aula?

Por mais que o tempo em frente às telas precise ser dosado para não prejudicar o desenvolvimento de outras habilidades, e que ainda existam muitas pessoas sem esse acesso, é preciso entender e estimular o bom uso da tecnologia como ferramenta de educação, uma vez que a tendência é alcançar cada vez mais pessoas. Grande parte das profissões estão dando lugar a ferramentas e processos automatizados, ao mesmo tempo que novas atividades profissionais surgem no mercado de trabalho, quase sempre ligadas à tecnologia e suas vertentes. E isso ocorre em todos os setores e regiões do mundo.

Inserir a tecnologia nas aulas contribui para o ensino e aprendizagem de alunos e professores, da educação infantil até o ensino médio. Colocar ferramentas tecnológicas à disposição para realizar trabalhos, acompanhar conteúdos e até mesmo brincar dentro da sala, contribui para que as aulas fiquem ainda mais dinâmicas e interativas, proporcionando mais experiências e diversão ao conhecimento.

Quanto mais cedo, melhor

Antes de aprender a ler e escrever, a criança desenvolve inúmeras habilidades em outras linguagens. Ela é capaz de se expressar por meio de desenhos, brincadeiras, jogos, música e diversas outras atividades.

A utilização moderada e supervisionada das tecnologias como ferramentas de educação ajuda a desenvolver e potencializar essas habilidades. O uso da tecnologia na educação infantil está, inclusive, previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Duas, das dez competências gerais das habilidades e competências gerais para o século XXI, estão relacionadas ao bom uso da tecnologia.

Uma boa sugestão para acessar jogos educativos é o site Smart Kids. Nele, as crianças podem se divertir com os jogos da memória, das sílabas, de matemática, dentre outros. Ainda, o conteúdo do site é todo educativo e pode servir de fonte para pesquisas e trabalhos.

Benefícios para o educador

Não são somente os alunos que saem ganhando com o uso da tecnologia em sala de aula. Os professores também podem, e devem, se beneficiar com ferramentas que ajudam desde o planejamento das aulas até a correção de provas, trabalhos e outras atividades. Isso faz com que as tarefas que podem ser automatizadas se tornem um processo muito mais rápido e ágil, deixando tempo para que o professor se dedique à criatividade e ao planejamento das aulas em si.

Outro ponto bastante utilizado por professores que já incluíram a tecnologia na rotina é o uso de “nuvens” para armazenar e distribuir conteúdos. Se antes tudo era feito no papel, hoje a tecnologia possibilita que documentos possam ser organizados e disponibilizados de forma on-line, por meio do armazenamento em plataformas como Google Drive e Dropbox, em qualquer lugar do mundo, fica muito mais fácil visualizar e acessar. Com o armazenamento em nuvem, quilos de materiais impressos transformam-se em gigas de conteúdo on-line. Além de facilitar a vida de alunos e professores de modo geral, a coluna também agradece.

Somada aos pontos já apresentados, podemos ainda citar a facilidade que professores têm de se manterem ativos em relação à sua própria educação continuada. Fazer cursos, pesquisar conteúdos, desenvolver capacitação e especialização ficou ainda mais fácil com inúmeras plataformas de educação disponibilizadas on-line.

Utilizar redes sociais como ferramenta de ensino?

Se você perguntar para alguns pais sobre o uso de redes sociais por crianças e adolescentes, a resposta certamente será r a mesma, pois a maioria associa tais redes apenas à diversão, aos perigos da exposição e do entretenimento, mas não é bem assim. As redes sociais podem facilitar a execução de projetos escolares, a comunicação entre alunos e professores e até mesmo a publicação dos trabalhos escolares. Claro que é preciso escolher uma boa plataforma e criar combinados sobre o bom uso das redes.

A formação de grupos para tirar dúvidas, trocar materiais, inserir conteúdos e sugestões de leitura, por exemplo, costuma funcionar muito bem. Neles, já podemos observar que os próprios alunos tiram dúvidas uns dos outros, incentivam os colegas nos seus trabalhos e compartilham links e outras dicas curiosas e relevantes.

Novas tecnologias que aproximam e materializam o conhecimento

Até pouco tempo atrás, nas aulas de história e geografia, por exemplo, professores e alunos liam o conteúdo nos livros e, cada um à sua maneira, imaginavam os cenários e lugares descritos nos textos. Inspirado por fotografias ou pinturas, cada um tinha o seu jeito de entender e mergulhar no conteúdo . Algumas vezes, a visitação aos museus, parques e lugares históricos até facilitava o aprendizado. Mas com as inovações tecnológicas, nos dias atuais é possível estudar sobre a China, por exemplo, enquanto se faz uma visita virtual pelas cidades daquele país. E se antes era preciso buscar fotos e vídeos autorizados por museus de várias partes do mundo para mostrar como exemplos em sala de aula, hoje já podemos fazer visitas on-line guiadas sem sair da sala de aula.

Outro ponto interessante é o intercâmbio de conhecimento entre estudantes do mundo todo. Já imaginou seus alunos conversando com crianças de outros países? Isso é possível por meio de projetos que unem jovens de todo o planeta. Com a tecnologia é possível trocar informações sobre cultura, história e curiosidades de seus países.

Uma das tecnologias que mais tem feito sucesso na comunidade escolar são as impressoras 3D. Por meio delas, os alunos têm acesso à materialização de maquetes, protótipos e outros materiais de apoio para usar em sala de aula. Também é possível que eles mesmos façam a modelagem e imprimam seus próprios jogos, projetos e miniaturas para impressão em 3D

E você, tem conseguido colocar a tecnologia dentro de sua sala de aula?

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