Ciência demonstra que cultivar laços afetivos contribui com felicidade e longevidade das pessoas

 

Não existe fórmula mágica, mas há caminhos que, comprovadamente, funcionam quando o objetivo é encontrar felicidade. Talvez, o principal esteja ligado aos relacionamentos: manter relações saudáveis na família, no trabalho, com amigos da escola, da faculdade, do futebol, sem esquecer das interações que temos com pessoas com quem mantemos contato ocasional, como o caixa do supermercado, o motorista do ônibus ou a vizinha de tantos anos.

Uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revela que, mais do que dinheiro, fama, apartamentos de luxo ou carros esportivos, o que mantém as pessoas felizes são os relacionamentos próximos. Iniciado em 1938, o estudo constatou que indivíduos que mantiveram bons relacionamentos ao longo do tempo não apenas viveram mais felizes, mas também por mais tempo. De acordo com a pesquisa, pessoas solitárias tendem a falecer mais cedo. Além disso, manter laços afetivos durante a vida ajuda a retardar o declínio mental e físico e a proteger contra altos níveis de estresse. 

O professor Luiz Gaziri tem se dedicado ao estudo da felicidade por mais de 20 anos, período durante o qual leu mais de 1.200 artigos científicos e realizou entrevistas com pesquisadores de várias universidades renomadas, incluindo Harvard, Stanford e NYU. Para ele, um dos principais segredos para alcançar a felicidade é investir nas interações sociais. 

“Nossa felicidade individual depende de fazermos as outras pessoas mais felizes. E como deixamos outras pessoas mais felizes? Principalmente através de nossas interações do dia a dia. Precisamos tratar as pessoas bem, fazer com que saiam se sentindo alegres. É essencial caprichar na interação com a esposa, com os filhos, com as pessoas que trabalham conosco. Porém, a ciência demonstra que as interações com estranhos são ainda mais importantes. Muitas vezes, preferimos nos afundar na tela do celular em vez de interagir, mas essas interações são uma fonte gigantesca de felicidade”, afirma o pesquisador.

E o dinheiro, pode ajudar?

A resposta é “sim” mas há um limite. Pelo menos é o que indica o estudo dos pesquisadores Daniel Kahneman e Matthew Killingsworth, ganhadores do Prêmio Nobel. Um artigo publicado em 2010 na revista Proceedings of the National Academy of Sciences mostra que a felicidade aumenta com a renda, mas apenas até certo ponto. Naquela época, o limite era de US$ 75 mil por ano (considerando que o estudo foi realizado nos Estados Unidos). O levantamento revelou que, a partir do momento em que as pessoas alcançam um nível confortável de vida, o aumento de seus rendimentos não causa, necessariamente, uma evolução no nível de felicidade diária.

Hábitos para ser feliz

Fazer exercícios físicos regularmente, consumir alimentos saudáveis, como frutas, verduras, vegetais e proteínas, além de ingerir, em média, dois litros de água diariamente, controlar o estresse, buscar métodos de relaxamento e encontrar gratidão em estar vivo, são hábitos saudáveis que contribuem para a saúde do corpo e da mente, ajudando, consequentemente, a alcançar a felicidade. 

Manter uma vida equilibrada é o principal conselho de especialistas em saúde para aumentar as chances de ter uma vida confortável, com saúde e longevidade. Buscar a felicidade é, em essência, garantir o bem-estar do corpo, da mente e das relações afetivas, pessoais e profissionais. 

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