4 dicas para enfrentar as dificuldades em sala de aula e melhorar a comunicação com crianças com práticas simples, respeitosas e eficientes

Você tem sentido que a situação em sala de aula está difícil por falta de entendimento com as crianças? Confira 4 dicas incríveis e práticas de comunicação com crianças para melhorar o seu relacionamento com elas. 

4 dicas de comunicação com crianças 

Para tornar o dia a dia na escola muito mais tranquilo e positivo, pratique as cinco dicas que propomos para você se comunicar com as crianças em sala de aula e ajudá-las em outros momentos fora do ambiente escolar:

1. Ouvir antes de falar

Em qualquer situação, quando queremos que nos escutem e nos compreendam, precisamos primeiro saber ouvir. Quais são as dores dessa pessoa? Como ela se comunica? Do que ela precisa? 

Somente assim conseguiremos expressar algo que faça sentido para ela, pois é conhecendo nosso ouvinte que vamos conseguir conquistá-lo com as nossas próprias palavras. 

Nesse caso, um bom exercício é manter sempre o debate, o diálogo e a escuta aberta em sala de aula. E o professor tem alguns meios para isso desenvolver uma excelente comunicação com as crianças: 

  • mudar a disposição das mesas e cadeiras (se houver), e colocá-las em círculo, em meia-lua ou qualquer uma que não sejam enfileiradas uma atrás da outra; 
  • iniciar e terminar a aula sempre com conversas em grupo de tema livre, mas guiadas pelo regente;
  • sempre estar disponível para sanar questionamentos, dúvidas, ouvir relatos, etc., e, mesmo que no meio de uma explicação, fazer com que a criança se sinta ouvida e acolhida;
  • realizar atividades de identidade, preferências e quais temas forem necessários para conhecer mais os alunos. 

2. Se adaptar à linguagem das crianças

A comunicação com crianças precisa ser feita também para crianças, ou seja, não basta falar com elas, precisamos falar para elas, do jeito delas. 

Isso não quer dizer infantilizar a nossa fala, ok? Mas, sim, torná-la acessível e interessante para chegar aos ouvidos delas. Uma boa tática é contar histórias. 

Histórias

Tem história para tudo, desde as que abordam questões sociais e comportamentais até as que ensinam conteúdos, valores, datas comemorativas, enfim, tudo mesmo

Usar livros também é outra maneira de incentivar a leitura dos pequenos, o que é ainda melhor! Mas, além das que já existem, o professor pode criar pequenas histórias que façam sentido ao que ele quer comunicar.

São muitas possibilidades! 

Analogias

Se tem um método eficiente de comunicação com crianças é entrar no mundo delas, assim, podemos usar desenhos e filmes que elas gostam e trazê-los para dentro da classe. 

Tudo com uma intenção, é claro, e, nesse caso, a de melhorar o diálogo com elas. Quer chegar a um ponto ou fazer com que os pequenos entendam você? Faça comparações e analogias aos personagens e às histórias do interesse deles. 

Ensinar além do conteúdo é super importante em uma escola humanizada. Saiba mais sobre isso em: Educação na prática: saiba como ensinar além do livro didático.

Atenção! Não confunda analogias com comparações que colocarão a criança para baixo, por exemplo, “a menina do desenho não chora desse jeito”, e coisas do tipo.

Ao invés disso, prefira “ahh, não fique assim! Vamos brincar igual à menina do desenho que você gosta?” 

3. Elogiar na frente de todos, mas chamar a atenção individualmente

Esse é um lema para todas as idades, não somente na comunicação com crianças: elogie na frente de todos, mas advirta individualmente. 

No caso das crianças, o “criticar” se refere a dizer que elas não podem fazer algo, sobre comportamentos inadequados em determinados momentos, correção de atividades, etc. 

Nesses momentos, ir até o aluno e adverti-los respeitosamente é o ideal, pois fazê-lo em frente de toda a turma pode causar baixa autoestima e ansiedade em crianças

Do contrário, os elogios estão super liberados, principalmente quando é para mais de um aluno, assim todos se sentem bem e evita-se a comparação. 

É importante nunca exaltar uma em detrimento de outras, combinado?

4. Troque os “nãos” por outra alternativa

Se alguém te falar: “não pense em uma girafa”, o que vem à sua mente? A imagem de uma girafa, não é? A comunicação com crianças pode ter exatamente este efeito contrário. Se falarmos vários “nãos” a todo momento, podemos estar instigando a fazerem o oposto do que queremos.

E mais: o “não”, se utilizado da forma errada (e com frequência), torna-se uma comunicação um pouco hostil e não ensina muita coisa. 

Diante de uma situação em que um aluno quer e pega o brinquedo do colega, por exemplo, troque o “não pode fazer isso” por “agora é a vez dele, pegue esse outro brinquedo, e quando ele terminar, empresta para você”. 

Ao invés de dizer “não”, diga o que ela pode fazer. Ou então, dê duas opções viáveis: 

“Depois ele empresta o brinquedo, agora você pode jogar bola ou brincar com esse outro carrinho, o que prefere?”

A diferença é nítida e os alunos entenderão muito melhor. 

Se mostrar interessado

Um ponto-chave da comunicação com crianças é se mostrar interessado. 

É muito comum elas ouvirem “depois falo com você”, “agora não, depois você conta, tá bom?”, ou algo semelhante. Um bom professor tem tempo para se interessar pelos relatos e pela troca de ideias com seus alunos. 

  • Que legal! Como foi isso?
  • Conta mais um pouco, gostei dessa história.
  • Interessante! Como você fez isso?
  • Muito bem, que incrível!
  • Entendi o que quis dizer, também me sinto assim/passei pelo mesmo, etc. 

Essas dicas são parte do repertório da educação humanizada, que coloca a criança como protagonista. O que achou delas? Qual prática já faz com seus alunos? Nos conte nos comentários!

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