As histórias em quadrinhos (HQs) têm um poder quase surpreendente: conseguem conectar gerações e transmitir ideias de forma visual e envolvente.


No Brasil, o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos é celebrado em 30 de janeiro, uma data que não é apenas um tributo a essa arte, mas também um convite para explorá-la como uma ferramenta poderosa em contextos educativos.

E quem melhor para nos inspirar do que um ilustrador cuja trajetória está profundamente ligada ao universo das HQs e à educação?

Do sonho ao papel: a trajetória de um ilustrador e educador

Nascido em Telêmaco Borba (PR), o ilustrador Deivid Almeida, que também atua na educação, iniciou sua trajetória desenhando para jornais locais e para a revista Ponto e Vírgula. Desde a infância, as HQs estavam presentes em sua vida, com influências que vão dos clássicos personagens da Disney e da Turma da Mônica aos vibrantes mangás japoneses. Essa paixão o impulsionou a explorar novas formas de narrativa visual e o guiou rumo a uma carreira marcada pela arte e literatura enquanto ferramentas essenciais para o aprendizado.

O desejo de aprender com grandes mestres o levou a Curitiba, onde ampliou suas conexões artísticas e literárias. Trabalhou em jornais como Rascunho” e Cândido” e, mais recentemente, publicou uma HQ na edição de Halloween da revista Calafrio, um verdadeiro marco em sua carreira.

O que torna essa história ainda mais especial é a forma como o ilustrador uniu suas paixões pelo desenho e pela educação. Em sala de aula, ele utiliza HQs como ferramentas criativas para engajar seus estudantes, demonstrando que o universo visual pode ser um grande aliado na aprendizagem de conceitos complexos.

Por que usar HQs na sala de aula?

As histórias em quadrinhos vão além do entretenimento. Elas representam uma forma única de comunicação que combina imagem, texto e narrativa, tornando-se uma ferramenta valiosa no ensino. Algumas de suas vantagens incluem:

  • Facilitar a compreensão de temas complexos: As imagens ajudam a criar conexões rápidas e intuitivas com o conteúdo. Um determinado tema pode ganhar vida através de uma boa narrativa visual.
  • Engajar diferentes perfis de estudantes: Enquanto alguns aprendem melhor por meio da leitura, outros são mais visuais. As HQs atingem ambos os estilos, promovendo inclusão e maior envolvimento.
  • Estimular a criatividade e o pensamento crítico: A análise de uma HQ exige interpretação de imagens, diálogos e subtextos, desenvolvendo a capacidade crítica dos alunos.
  • Promover a alfabetização: Para crianças em fase de aprendizagem da leitura, HQs com diálogos curtos e ilustrações atraentes podem ser um grande incentivo.

Como inserir HQs no planejamento pedagógico?

  • Uma possibilidade é incentivar os alunos a criar uma história em quadrinhos sobre um tema abordado em sala,  desde a explicação de um fenômeno científico até uma reflexão sobre questões sociais.
  • A análise de mangás ou HQs nacionais pode servir como ponto de partida para debates literários, históricos ou culturais.
  • Os quadrinhos também podem ser utilizados para explorar conceitos de matemática, geografia, arte e  educação ambiental, tornando o aprendizado mais dinâmico e acessível..

Quando o tema for emoções e sentimentos, as HQs podem ajudar a promover reflexão e estimular a troca de experiências entre crianças e adolescentes.

Inspiração por meio de imagens

As ilustrações que acompanham este texto refletem a paixão e o talento desse ilustrador. 

Que o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos seja uma celebração não apenas para reconhecer o trabalho de artistas como ele, mas também para explorar o potencial das HQs dentro das salas de aula. Afinal, ensinar é também contar histórias — e, com os quadrinhos, essas histórias ganham cor, vida e movimento.

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